Finjo não saber

Não há crepúsculos que não invoquem o teu rosto
Quando o sol pernoita na vertigem do poente
E na extinta luz da planície um fogo posto
Que me queima a pele do teu corpo já ausente
Encontro-te nas esbatidas sombras da cidade
Quando nelas a aragem quente me conforta
Vejo as letras do teu nome a cada porta
Nesta loucura branca que me embarga de saudade
Já não existo, apenas sobrevivo…
Na cobardia estéril onde encerro a tua ausência
Camuflada em doces laivos de demência
E finjo não saber porque motivo
Quando a noite desferrolha o coração
Gravita no meu céu a palavra solidão
8 Comments:
lindo o teu soneto Miuda
boa semana
beijinhos
Estava dificil o regresso...
Fingi não reparar mas senti a falta de te perceber...
Beijos enormes para ti!
Não vou fingir que não gostei e de que foi no teu soneto que, por mal ou bem, me inspirei:
Na planície a solidão ecoa
Brama do bulício feroz da cidade
Solta-se do espinho da saudade
C`a alma cruelmente agrilhoa
Essa tangência qual garra de leoa
Crava-se na dor com gana e vontade
E, no pensamento, com voracidade
Reprimidas emoções amontoa
E aos olhos do espírito assim soa
A multidão que habita a cidade
C`ao Ser só deprime a identidade
As suas entranhas nada as povoa
Áridas, frias, poluídas de maldade
Nelas, só cresce manhosa liberdade!
Com 1 beijo
Míuda, espero que este soneto seja o início de uma nova fase de inspiração... está fantástico... fiquei siderado... parabéns!
Bjnhs
Lindo...lindo... lindo :D gostei mesmo!!!
Desculpa Essa a minha ausência, mas acabei por te perder o rasto ou seja o teu novo endereço. O teu outro blog está morto??? certo???
Beijos...
Ps a foto é lindissima!!!
Bonito! A saudade e a solidão, e o remorso, porque não, são temas que estão mesmo à medida de um soneto. Um beijinho amigo
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