Quando foi que me perdi de nós...?

Perdi-me de nós
Quando olhei nas mãos vazias
E não vi o teu corpo
Apenas o fundo do copo
Que balanço entre os dedos
E entre um ou outro segredo
Que vou revelando ao cansaço
O gosto do whisky de malte
Devolve-me a vontade morna
Do cingir do teu abraço.
Bebo trémula, nos meus medos,
Os restos da cobardia frágil
Que deixo alastrar nos acordes
De uma melodia suave.
Já não corro ao teu encontro
Apenas demoro o desencontro
Em suspiros tépidos
Que arranco ao desalento
Do tempo em remanso…
E já não sei do toque manso
Dos teus dedos
No enleio dos meus cabelos,
Do roçar da cerda dócil
Sobre a pele,
Do volutear feliz dos corpos
Imprudentes…
Quando foi que me perdi de nós?
Procuro-te ainda
No fundo do copo
Que esvazio sobre
A fogueira inteira
Que me arde no ventre
Neste vazio concreto
E complacente…
Hoje, sou eu, que te invoco
Neste alento de mulher
No recesso de um bar
De uma noite qualquer…
7 Comments:
Gostei muito...
Beijos.
Continua. Continua sempre!
Vou-te lendo Alenjaninha linda....
Beijinhos pá!
Estou abismada com este sentir... lindo
Lindo, fotografar nos sentidos o "...volutear feliz dos corpos/imprudentes...". Nesse retrato contemplativo, eu..
Perco-te do olhar, pela ausência
Mas encontro-te de permanência
Em viva memória;
Na integridade das feições
A volúpia é o rosto das emoções
A folia melódica
C`acorda em mim, a tua existência
Num ostro vigor e lúcida demência;
È fúria insólita
Este estar só de recordações
Sem ter de ti outras dimensões;
Refaço a história
Invento-te com tanta insistência
Divina e sensual por excelência
Numa tela gótica
Onde Vénus sem restrições
Se dá ao amor em tod`as paixões!
Lucifer119
Com um beijo
Pois é...andar à toa é do caraças:)!
Pronto Essa, fiquei incomodada com o "Já não corro ao teu encontro
Apenas demoro o desencontro"!
Um beijo
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