Sonhadora Inata

Não preciso de amigos que mudem quando eu mudo e concordem quando eu concordo. A minha sombra faz isso muito melhor. (Plutarco)

sexta-feira, julho 21, 2006

Quero intacta a solidão das minhas noites

Quero intacta a solidão das minhas noites
Sem amotinados gestos de carícias confiscadas
Ás tuas mãos que são arados de outras estradas
Fragatas de outros mares em que tu foste
O dourado pôr-do-sol de vãs promessas
Que se esgueiraram pela mansidão das finas frestas
Do abrigo empertigado onde me deito.
E na quietude impávida do meu leito
Guardo estilhaços de quimeras destruídas
Memórias que acalento à silhueta
Do reflexo em que encenei as nossas vidas.
Procuro, agora, à noite, a vereda estreita
Em que me aninho na secreta destemperança
Daqueles para quem o tempo avança
E não alcançam a luz sólida e perfeita.
Por isso, enquanto a angústia me aconchega
Nas brancas insónias desferidas no silêncio
Eu fantasio na escuridão um amor imenso
E enquanto o sonho solto em mim não chega
Quero intacta a solidão das minhas noites …

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bem, diria para que pare o tempo, se tranque o pensamento, se feche e se isole a escuridão, para que, nela, se mantenha ileso o verbo da fantasia e o seu presente.
....:))))))))))))))Não se concedam excepções:

Oh, águas
Do tempo
Por que não lavais
As mágoas
De dentro!?
Antes vos agitais
De apontamentos
E tornais
Revoltas
As tábuas
De Sentimentos!

Com um Beijo.
Tão soltas
Com`andais
Tantas fráguas,
Outrora encantamentos,
Hoje, à alma causais!
Sim, árduas
Fostes no arrebatamento
De torrenciais
Enlevos, contentamentos!
Mas, ora, sois mais
Dura mágoa
Rude tormento
Quando momentos tais
À lembrança levais!
Oh, sejam surdas, mudas
Não se mexam jamais!

sexta-feira, julho 21, 2006 3:09:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

...Republicando. Pois dá-me aentender que houve algo que não saíu como devia, pedindo desde já as minhas desculpas, não só por tal falha, mas também pelo abuso, desta repetição emendada.:))))))))))
Bem, diria que pare o tempo, se tranque o pensamento, se feche e se isole a escuridão, para que, nela, se mantenha ileso o verbo da fantasia e do seu presente. Não se concedam excepções:)))))))))))

Oh, águas
Do tempo
Por que não lavais
As mágoas
De dentro!?
Antes vos agitais
De apontamentos
E tornais
Revoltas
As tábuas
De Sentimentos!
Tão soltas
Com`andais
Tantas fráguas,
Outrora encantamentos,
Hoje, à alma causais!
Sim, árduas
Fostes no arrebatamento
De torrenciais
Enlevos, contentamentos!
Mas, ora, sois mais
Dura mágoa
Rude tormento
Quando momentos tais
À lembrança levais!
Oh, sejam surdas, mudas
Não se mexam jamais!
Com um beijo corrigido!
P.S. acho que agora sim, está como devia:))))))))

sexta-feira, julho 21, 2006 3:15:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Quero intactos os silêncios e as calmas para te ler...

domingo, julho 23, 2006 7:34:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Durante o dia a coisa até funciona duma forma mais sociável mas realmente à noite e traduzindo o que interpretei da minha forma bruta:), só queremos estar sossegaditas no nosso cantinho e acalentar as tais memórias muitas vezes angustiantes!
Um beijo também de amizade...

segunda-feira, julho 24, 2006 2:20:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Quero que sejas sempre assim...

inspirada e brilhante...

Beijos mil.

quarta-feira, julho 26, 2006 11:42:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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quarta-feira, agosto 09, 2006 8:34:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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terça-feira, agosto 15, 2006 9:43:00 da tarde  

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