Sonhadora Inata

Não preciso de amigos que mudem quando eu mudo e concordem quando eu concordo. A minha sombra faz isso muito melhor. (Plutarco)

sexta-feira, julho 28, 2006

O Amor tem desta Solidão


Nos dias em que a solidão é mais funda
Quando não te encontro nas curvas da cidade
Por ruelas estreitas e miradas soturnas
Vou deixando vaguear as marcas da saudade.

Já não te oiço em dias como outrora
Gargalhando histórias de desígnios mansos
E já os astros dançam em boreal aurora
Amanhecendo os nossos íntimos recantos.

Já não te vejo na placidez da paisagem
És tão-só a sombra raiando a madrugada
O espectro exausto na fugaz miragem
Do desejo gasto em pedras da calçada.

Geme o murmúrio infatigável do afecto
Devolvido em ruas povoadas de silêncio
E procuro ainda na cidade um céu aberto
Para espraiar o sarro amargo a desalento.

Nos dias em que a solidão é mais intensa
Procuro-te aqui e em todos os lugares
Porque não sei viver da tua ausência
Sem a conivente plenitude dos olhares…

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

:)))))))))Que dizer!? Lindo, inspirador, esta exibição lírica do teu cerco d`Amor. Por aqui:

O crepúsculo está denso
Aperta-se na sombra da viela
O céu apesar de tão imenso
Mal chega à minha janela.
A luz sumindo-se de dentro
Do horizonte c`assim me chega
Aviva-me nostálgico lamento
Que me fere qual dura pedra;
Há um fragrante riso d`incenso
A esconder-se na noite negra
Foge de mim p`lo beco do tempo
P`ra se tornar pleno dia em Vega
Privado desse brilho intenso
Na noite boreal da minha esfera
Resta-me c`a mão veloz do vento
Varra a solidão que nos nega!


:))))))))) Com um beijo

sexta-feira, julho 28, 2006 3:54:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pois, não páras de me surpreender.

sábado, julho 29, 2006 6:18:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Por ruelas e esquinas te procuro
Sempre com a mesma devoção
Sem a tua presença me afundo
Num mar de profunda desilusão

As candeias iluminam o fútil que procuro
Nada dando para um novo alento
Ò luz tórrida que iluminas
Locais varridos pelo vento

Vento que leva a esperança
Que outrora ambicionei
Em locais mórbidos e sujos
Aonde tenho a certeza que me perderei.

segunda-feira, agosto 07, 2006 7:02:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Acordei, pensei
Serei eu? não sei
Olho, penso e observo
Este mundo será um inferno?
Deixo-me ir em palavras e momentos
Todos temos liberdade para os nossos pensamentos
Ilusões vividas, experiências concretizadas
Num mundo de pessoas agonizadas
Reflicto somente
Neste mundo imergente
A espera de algo concreto
De um poder discreto
Mudar este mundo
Tão banal
Onde todos enriquecem praticando o mal



A minha sorte mudou
Deixei quem me criou
Apenas e só agora
Mandaram-me embora
Seria fardo?
Seria encargo?
Não consigo imaginar
O que de mim agora vão pensar
Caminho discreto
De olho aberto
A minha frente apenas a dor
O meu mundo ficou sem cor
A minha tristeza e tanta
Ate dou nó na garganta
Estou aflito e perdido
Mas hei-de achar um abrigo
Neste mundo... incompreendido.

terça-feira, agosto 08, 2006 10:33:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

E este anónimo escondido nas brumas...E com tão belas e acertadas palavras, quem é...?

terça-feira, agosto 08, 2006 2:23:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Nas brumas escondo a minha identidade
Sem nunca ofender ninguém
Apenas aprecio este modo de escrita
Que tão poucos o fazem tão bem

Belas palavras se soltam
Deste singelo modo de escrever
Palavras honestas e simples
Que as vezes fazem doer

terça-feira, agosto 08, 2006 3:15:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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domingo, agosto 13, 2006 5:22:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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sexta-feira, agosto 18, 2006 8:37:00 da manhã  

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