Mentira Mendigada

Mais uma vez preciso que me mintas
Que me estanques na nascente a fina dor
Que me fales em surdina deste amor
Ainda que as palavras não as sintas
Mais uma vez preciso dos teus restos
Da expressão arrebatada do teu rosto
Da macieza em seda dos teus gestos
Dos sinais que só existem no teu corpo
Mais uma vez saberei dar à ilusão
Os requintes de verdade falseada
Em que entorpeço o latejar da solidão
Em que adormeço a vontade saciada
E ao despontar a branca e morna madrugada
Serene brando um defraudado coração
5 Comments:
MAs que poema mais lindo...
depois do conto do mib...
este poema...
estou siderada...
Mentir-te-ei de uma forma natural
Olhando para a tua nascente
Que tão bela parece doente
Por palavras que não te farão mal
Com os meus restos apenas ficarás
Depois do meu rosto tocares
E nele sentires que perderás
O corpo que os seus sinais ignorares
Na solidão vou-me refugiar
Na mentira do teu corpo me deitar
Em lágrimas o meu coração afogar
Em esguios momentos de aconchego
O meu amor recordo em prantos
Em noites de poucos encantos.
Essinha, bom dia...
Descobri que nos contactos diários mais ou menos fúteis que vamos tendo nos chats acabamos por encontrar pessoas que escrevem coisas maravilhosas, daquelas que nos enchem a alma e tanto sentido fazem no nosso ser...
Li tudo o que tens na página inicial e deliciei-me, encantei-me, as tuas palavras, em alguns dos poemas são aquelas que eu gostaria de ter escrito mas que não consigo, pelo menos desta forma...
Um beijito vadio da gaivota... a gente vê-se por aí...
Não tá mau...Mas gosto mais de melancias
Como diz a shaquira, devia ser ilegal destroçar um coraçao feminino:)))!
Suponho que ha dias em que "mendigamos" um regresso impossivel...valha-nos a lucidez dos restantes dias!
Beijossssssss
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