Sonhadora Inata

Não preciso de amigos que mudem quando eu mudo e concordem quando eu concordo. A minha sombra faz isso muito melhor. (Plutarco)

sexta-feira, agosto 11, 2006

Despedida


Na vertigem de te querer perdi-me nos dias
No assombro de não te ter esqueci-me da vida
E nos poemas da noite branca compus melodias
Esculpidas em cinza de sonhos e de brida.

Aquieto a amargura em venerável disfarce
De sobranceiras máscaras encenadas ao acaso
Quando efémeros sorrisos foram só o vão retardo
Das escuras sombras aninhadas sob a face.

E no corpo exausto construí a amurada
A cidadela negra onde guardo o meu segredo
Em refúgio inatingível ao pranto e ao medo.

Serão outros sóis embriagando a madrugada
Será paixão fantasiada em muitas outras
Quando delas se elevar o sabor das nossas bocas.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

:)))))))Quão sonoramente puras entoam as tuas melodias assim despida :)))))))))

Despedida, pronúncio d`uma distância
Longo Inverno sucede ao verão
O tempo assume a sua importância
E a luz apaga-se na escuridão

Na partida, gestos de circunstância
Para os que ficam e p`rós que vão
Enquanto o longe toma relevância
Uns e outros a dor agitam na mão

Como coração e alma sangram d`ânsia
Na despedida que rasga a paixão
Que`ra una por amor de substância!

Essa sangria ganha maior proporção
Sempre c`o verbo, no tempo, p`la discordância
Aos sujeitos lhes atrasa o Verão!

Na vertigem do assombro, com um beijo..:))))))))

domingo, agosto 13, 2006 10:28:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Por tanto te desejar deixei-te partir
Em prantos recolho a minha dor
A tua paixão não consegui admitir
Vendo ir embora o meu amor

Na profundeza do meu ser
Irei ultrapassar esta solidão
Que inconsequente varreu meu coração
Existirá alguém que me há-de valer

Em sombrias noites te desejo
Nas brumas escondo o meu palpitar
Em ventos perdidos te envio o meu desejar

Nesta forma de despedida
Os nossos afectos iremos revelar
E a tua partida vou lamentar.

segunda-feira, agosto 14, 2006 11:18:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

No teu olhar me revi
Nos teus lábios me perdi
Nos teus pensamentos senti
Na tua alma me despi

No teu rosto percebi
Nos teus gestos me envolvi
Aos teus prazeres cedi
Do teu corpo me despedi


Desilusão
Quando tu partiste
Desilusão
Quando me abandonaste
Desilusão
Quando não sentiste
Desilusão
Quando o meu amor negaste

Partiste
Para não sofrer
Partiste
Para não amares
Partiste
Para não ofender
Partiste
Para meu coração destrocares

segunda-feira, agosto 14, 2006 1:33:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sei bem o que é aquietar amarguras disfarçadamente...torna-se um habito!
Um beijo enorme, estou de regresso até...ver!

PS:
É obrigatório comentar poéticamente?:)))

segunda-feira, agosto 14, 2006 3:13:00 da tarde  

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