Sonhadora Inata

Não preciso de amigos que mudem quando eu mudo e concordem quando eu concordo. A minha sombra faz isso muito melhor. (Plutarco)

terça-feira, outubro 31, 2006

Sonhos Negros


Descem com o crepúsculo, ao anoitecer,
Como matilha de cães negros, esfaimados,
Rasgando o corpo num banquete de prazer
Onde habitam, outros tantos, açaimados.

Seguem-se os abutres em deleitosa orgia
No profuso festim de uma mesa farta
Debicando na alma os despojos do dia
Que a noite entorpece e a vontade arrasta.

Algozes dissimulados em outros vultos
Que em segredo abandonam os seus abrigos
E das sombras irrompem ensandecidos.

No silêncio escapam aos seus sepulcros,
Os medos que as trevas no sono urdiu
Em negros sonhos que a mente consentiu!

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Gostei do poema.....
Pensar que se sonha tantas vezes com os olhos abertos e que os abutres existem mesmo nésta sociedade.

Beijo

( vou linkar-te, se nao autorizares diz algo que eu deslinko )

quarta-feira, novembro 01, 2006 12:05:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Eu comecei por gostar da foto...mesmo sem ler perdi algum tempo a associar o título à imagem e confesso-te que teria sido suficiente.
Espero que estejas bem...não sei porque mas depois de te "ver" e ler senti-me sugestionada a fazer esta observação.

Um beijo!

quarta-feira, novembro 01, 2006 3:32:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Um poema muito interessante...negro de mais para mim e em conjunto com a foto confesso que me impressionou estes sonhos negros.

Beijos Essa :)

quarta-feira, novembro 01, 2006 9:38:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Uma descrição negra dos pesadelos. Ali´ss os pesadelos são, e serão, sempre bem negros. Mas há sonhos bem coloridos e luminosos, embora não passem disso mesmo, sonhos.
Embora negro e pessimista é um soneto muito bem construído. Só não digo que é um belo poema, porque o negro não é a minha côr favorita. Nem nas tulipas. Um beijinho e um bom fim de semana

sexta-feira, novembro 03, 2006 11:44:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

...

sábado, novembro 04, 2006 8:10:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Estava a ver se já aceitava comentários, pois já tentei comentar-te n vezes...

Mas vamos ao que interessa... muito bonito...este teu poema (como tudo o que sai das tuas mãos e inspiração).

Respondendo à questão que me colocaste Desigualmente... estou bem, mas com algum trabalho e pouco tempo para as 'andanças virtuais'. E tu como estás? Vai dizer-me ao meu espaço, pode ser?

Beijos mil em tu.

sábado, novembro 04, 2006 8:13:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

proclamam vorazes na intensa procura....silhuetas que nas surdinas do vento...entoam canticos estranhos inaudiveis....enfim nao sao almas do alem...nem tao pouco locatarios da penumbra....sao simples ecos da famigerada consciencia...well...um sonho para mim...e o culminar de um momento unico como o acto mais puro de fazer amor com a mente...em que nos deixamos levar ate ao maximo da inconsciencia consciente ...pois so sonhamos o que permitimos...doses elevadas de adrenalina ou desencanto...amor odio...sei la....ainda hoje sonhei com a indefinicao das cores....existem novas cores que jamais alguem viu....e simplesmente fruto da imaginacao ....o sonho ...que bom...beijos

segunda-feira, novembro 06, 2006 10:01:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Olá...
Se alguém se engana com seu ar sisudo e lhes franqueia as portas à chegada, eles comem tudo, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada...
Perdoarás mas esta tua poesia fez-me vir à mente esse tema do Zeca. Tu és efectivamente uma grande poetisa...
Um beijo vadio, a gente vê-se por aí...

segunda-feira, novembro 13, 2006 3:33:00 da tarde  
Blogger Juninha said...

Olá...
adorei ler o texto.
Bjs

terça-feira, novembro 18, 2008 5:32:00 da tarde  

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