Sombra, Abismo e Solidão

Estamos tão perto de estar tão longe
Que retenho o fôlego das palavras inflexíveis
E jogo-as ao precipício dos amores risíveis
No silente pranto que a minha alma tange
Nunca a mudez dissimulada em minha boca
Dilacerou tão fundo o corpo do desejo
E a nudez embargada d´alma louca
Esconde-se no vil silêncio onde me vejo
Trago o cansaço de calar o que me inquieta
Entre a indolência morna e a lágrima cobarde
Que se espraia na suave chuva deste final de tarde
Quem escuta o sufocado grito e o meu olhar aquieta?
Onde estás quando nada mais preenche a escravidão
De se ser sombra, abismo e solidão?
5 Comments:
olá miuda
confesso miuda não é um termo que aprecio muito, prefiro olá amor, mais doce mais intenso, mais cá dentro
tens muitas vezes refugiamos na sombra criamos um abismo entre nós e o mundo
como costumo dizer a solidão é uma morte lenta
és especial para mim
Miuda, como sempre encantador.
Beijos.
...:))))))) precebe-se nitidamente a respiração suspensa, esse embargo de fôlego que, às vezes, inaudível nos varre o espírito....:)))): Oh, como:
Agita arbustos e pinhais
O sopro de calados suspiros
Que na alma são vendavais
Qual uivo de lobos e chacais
Gritos surdos d`amores perdidos
Ecoam por pampas e matagais
P`la mão de forças universais
O silêncio traz-nos aos ouvidos
A dor de afectos naturais
C`a lei dos homens tornou proibidos
E feridas vadias d`emoções reais
Sangram ecos d`alma p`los sentidos
Agravos abertos a punhais
De desejos por nunca vividos
........:)))))))) sofrido e doridamente belo. Com um beijo
olá...
Ainda um dia me hás-de dizer ao ouvido quem és tu que assim escreve... Fascinante...
A gente vê-se por aí...
não sei porque este trouxe-me lágrimas aos olhos!
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