Hei-de dizer-te

Hei-de dizer-te, à noite, das palavras suspensas
Que as sombras esconderam e a voz refreou;
Hei-de dizer-te dos prados de melopeias imensas
Que na minha boca entreaberta a tristeza calou.
Hei-de dizer-te das horas que passam e não sabem
Quanta amargura guardei do teu amor;
Hei-de dizer-te dos sonhos que não cabem
No tempo em que brindaste à minha dor.
Hei-de contar-te dos ermos que o coração habita -
Alazão das trevas, secreto eremita -
Hasteando a divisa insigne da indiferença.
Hei-de dizer-te, sem raiva, o que senti
E que entre o tudo e o nada que perdi
Farei de archote do meu rumo, a tua ausência!
14 Comments:
Um poema a relembrar a Florbela Espanca, lindo..lindo...lindíssimo!
Como é bom ler-te!!
Beijos
as palavras q nc te direi, um belo filme, assim como o teu poem :) belas essas palavras q constrois com esse teu jeito de compositora e transformas em bela melodia :) beijos
Realmente quando se le algo assim fica-se sem palavras, fica-se encantado a ler e a reler.
Os pemas sao sentimentos e dores dos seres humanos, sao amor, amor que queremos sempre mais, amor que falta no mundo e em todos nos.
Mesmo quando temos amor acgamos que sempre pouco e là vai poemas para a frente.
Bom gosto, parabens, adorei o poema.
Beijo
(corrigindo a minha ferrugem)
Poemas*
achamos*
que (é) sempre pouco.
Essinha... apenas para te deixar um beijo na certeza de que visito sempre este teu envolvente cantinho...
Os teus últimos textos, poemas são de uma melodia indescritível evocando emoções e sentimentos com os quais me identifico em certas fases da vida...
Um beijo e, claro!, um queijo como sempre ;)
Mais um mimo este texto. A tua inspiração parece estar sempre em alta...impressionante. Bom resto de semana e, certamente, saio daqui mais mansinho ;)
Tenho visitado o blog e tenho mesmo
gostado, poemas muito intensos.
Beijos.
PS:Tenho um desafio no meu blog ao
qual gostaria que participasses.
Lindooo..lindooo :)
Beijinhosss
Ps i´m back ;)
....:)))))))..Ouvindo este sonhador "hei-de dizer-te", Avivou-se-me também "hei-de dizer" que não cosnigo conter, porque..........
O que se sente e pensa mas não se diz
Edifica no pensamento denso muro
No qual ecoa, através do seu fundo duro,
A dor de feridas que na alma criam raiz
Paredão de palavras escritas a giz
Do silêncio de noites em branco puro
Onde s`esboçam planos, sonhos de futuro
Nos quais entre, ao menos, um amor feliz
Eu, no meu molhe, já tantos esboços fiz
Mas nenhum encontro quando os procuro
Porque se ocultam no subconsciente escuro
Tombos pálidos do silêncio, sem verniz
Oprimidos num canto da mente, obscuro
Não se vêm porém, se doerem, dói-me tudo!
Com um beijo que "hei-de dizer-te" tão belo, "à noite, das palavras suspensas"..:))))))))
...:))))))), "Hei-de dizer-te" que tenho de ressalvar um erro de ver para que o meu "hei-de" não fique cego..:)))))
Assim no último verso do último terceto onde se lê: "Não se vêm"...deve ler-se: "Não se vêem"...
....E faz-se luz
..:)))))))
....:)))))))))"Hei-de dizer-te" que tenho de ressalvar um erro de ver para que o meu "hei-de dizer" não fique cego...
Assim no último verso, último terceto, onde se lê..."Não se vêm"...deve ler-se: "Não se vêem"...
...E faz-se luz...:)))))))
Com um beijo
Mais palavras encantadoras numa combinação perfeita...
Beijos mil em tu :)
Manias ao desafio....
Desafio lançado
Passa no vivendo-me2
Beijo
Olá...
Eu bem digo que tu és realmente um epectáculo... Adorei este poema e como diz a feelings fêz-me lembrar florbela espanca...
Um beijo, camarada, a gente vê-se por aí...
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